• Equidade na atenção à saúde de mulheres no Haiti Artigo Original

    Jacques, Nadège; Meneghel, Stela Nazareth; Danilevicz, Ian Meneghel; Schramm, Joyce Mendes de Andrade; Ferla, Alcindo Antônio

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Descrever a atenção básica em saúde prestada às mulheres no Haiti e avaliar a equidade da atenção. Métodos Neste estudo transversal, 114 mulheres atendidas na atenção básica nos 10 departamentos de saúde do país foram entrevistadas. Para analisar a equidade, foram utilizados dois grupos de indicadores: acesso (tempo de caminhada para chegar aos serviços, tempo de espera na fila de consultas e necessidade de pagamento) e qualidade (conhecer o nome do prestador de serviços, tempo de consulta e discriminação). Pagamento e preconceito foram escolhidos como desfechos respectivamente para acesso e qualidade da atenção. Resultados A maioria das mulheres tinha menos de 30 anos (59,0%), era negra (92,1%) e migrante (63,2%); apenas 21,3% souberam informar a renda familiar e 47,4% eram alfabetizadas. A maioria das consultas foi realizada em menos de 10 minutos (68,3%). O nome do profissional que prestou o serviço não era conhecido por 72,7% das mulheres. As consultas foram pagas por 63,4%, especialmente na região Sul (P = 0,016). Ainda, as mulheres no Sul levaram mais tempo para chegar aos serviços. Aquelas que não pagaram tiveram consultas com menor duração (P < 0,001). A discriminação nos serviços de saúde foi detectada em 28,9% das entrevistadas. Conclusões Esta pesquisa mostrou dificuldades no acesso e discriminação na atenção primária em saúde prestada a mulheres no Haiti e indica o gênero como uma categoria de análise importante para avaliar a equidade nos serviços de saúde.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To describe primary health care provided to women in Haiti and evaluate equity in the care provided to this group. Methods In this cross-sectional study, 114 women receiving primary health care services in the country's 10 health departments were interviewed. Two groups of indicators were used for analysis of equity: access indicators (walking time to reach services, waiting time, and need to pay for the service) and quality (knowing the name of the healthcare provider, length of the consultation, and discrimination). Payment and discrimination were used as outcomes for access and quality, respectively. Results Most women were younger than 30 years of age (59.0%), black (92.1%), and migrants (63.2%). Family income was known by only 21.3%, and 47,4% were literate. Most consultations lasted less than 10 minutes (68.3%). The provider's name was not known by 72.7% of the women interviewed. Consultations were paid by 63.4%, especially in the South (P = 0.016). Also, women in the South spent more time walking to reach health services. Those who did not pay had shorter consultations (P < 0.001). Finally, discrimination was detected in 28.9% of the women interviewed. Conclusions This research revealed difficulties in the access to and discrimination in the care provided to women in Haiti, and suggests that gender is an important category of analysis to evaluate health equity.
  • Barreiras percebidas por diretores de saúde para tomada de decisão baseada em evidências Artigo Original

    Becker, Leonardo Augusto; Loch, Mathias Roberto; Reis, Rodrigo Siqueira

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Identificar as barreiras para tomada de decisão baseada em evidências na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis segundo a percepção dos administradores de saúde no estado do Paraná. Métodos Foram realizadas entrevistas por telefone com 20 diretores de regionais de saúde, por meio de um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram realizadas em 2015 e tiveram duração média de 23 minutos. Após transcrição, o conteúdo das entrevistas foi analisado para identificação de categorias. Resultados Foram identificadas duas categorias de barreiras, organizacionais e pessoais. As barreiras organizacionais mais frequentes foram: “falta de planejamento e gestão” e “características regionais e culturais da população”. As barreiras pessoais mais frequentes foram: “falta de incentivo e dificuldades para trabalhar com evidências científicas” e “falta de capacitação e qualificação profissional”. Conclusão Sugere-se reforçar o apoio aos profissionais de saúde através de cursos de capacitação técnica que envolvam esforços políticos e científicos e que atendam as prioridades de saúde da comunidade.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo Determinar los obstáculos para la toma de decisiones basada en la evidencia referentes a la prevención de enfermedades crónicas no transmisibles, según la percepción de los administradores de servicios de salud en el estado de Paraná. Métodos Se realizaron entrevistas telefónicas a 20 directores de unidades regionales de salud, por medio de una guía semiestructurada. Las entrevistas se efectuaron en el 2015 y duraron un promedio de 23 minutos. Después de la transcripción, se analizó su contenido para determinar los tipos de obstáculos existentes. Resultados Se detectaron dos tipos de obstáculos, a saber, organizacionales y personales. Los obstáculos organizacionales más frecuentes fueron la falta de planificación y de gestión y las características regionales y culturales de la población. Los obstáculos personales más frecuentes fueron la falta de incentivos, las dificultades para trabajar con pruebas científicas y la falta de capacitación y de idoneidad profesional. Conclusión Se sugiere reforzar el apoyo a los profesionales de salud por medio de cursos de capacitación técnica que abarquen esfuerzos políticos y científicos y atiendan las prioridades de salud de la comunidad.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To identify the barriers to evidence-based decision-making regarding chronic noncommunicable diseases perceived by health administrators from the state of Paraná, Brazil. Methods Telephone interviews were performed with 20 health region directors using a semi-structured script. The interviews were performed in 2015 and had a mean duration of 23 minutes. After transcription of the interview, the contents were analyzed for identification of subject categories. Results Two categories were identified: organizational and personal barriers. The most frequent organizational barriers were “poor planning or management” and “regional and cultural characteristics of the population.” The most frequent personal barriers were “lack of incentive and difficulty to work with scientific evidence” and “lack of training and professional qualification.” Conclusion Support to health professionals should be enhanced through technical training courses linked to political and scientific efforts that address the health needs of the community.
  • Classificação antropométrica de gestantes: comparação entre cinco métodos diagnósticos utilizados na América Latina Artigo Original

    Silva, Suzana Lins da; Bresani-Salvi, Cristiane Campello; Caminha, Maria de Fátima Costa; Figueiroa, José Natal; Filho, Malaquias Batista

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Verificar a concordância entre cinco métodos antropométricos na classificação nutricional de gestantes e comparar as classificações obtidas com a classificação nutricional da população brasileira de mulheres jovens não gestantes. Método Estudo transversal com dados de 1 108 gestantes com idade de 19 a 35 anos atendidas de setembro de 2011 a abril de 2012 em serviços de pré-natal no estado de Pernambuco, Brasil. A classificação nutricional (baixo peso, peso adequado e sobrepeso/obesidade) foi realizada conforme os critérios de Mardones e Rosso, de Mardones et al., de Atalah et al., do Centro Latino Americano de Perinatologia (CLAP) e do Institute of Medicine de 2009 (IOM-2009). Estimaram-se os coeficientes kappa de concordância para os pares de métodos. O teste do qui-quadrado de bondade de ajuste foi utilizado para comparar a distribuição de frequências de cada categoria nutricional em cada método com a distribuição em não gestantes classificadas de acordo com índice de massa corporal (IMC, pontos de corte da OMS). Resultados Os métodos concordaram entre si para o diagnóstico de sobrepeso/obesidade (kappa > 0,60) e discordaram em relação ao baixo peso (kappa ≤ 0,60), particularmente nas comparações do IOM-2009 (que utiliza o IMC pré-gestacional) com os demais. As distribuições de frequências amostrais obtidas com os cinco métodos diferiram da população de referência de não gestantes (P < 0,001), observando-se percentuais de sobrepeso/obesidade inferiores à prevalência nacional e percentuais de baixo peso superiores à prevalência nacional. Conclusão As disparidades observadas podem ser atribuídas à heterogeneidade entre os métodos, justificando a realização de inquéritos para definir padrões antropométricos específicos para determinadas populações.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo Verificar si hay concordancia entre cinco métodos antropométricos de clasificación nutricional de las embarazadas y comparar las clasificaciones obtenidas con la clasificación nutricional de la población brasileña de mujeres jóvenes no embarazadas. Método Estudio transversal con datos de 1 108 embarazadas de 19 a 35 años atendidas desde septiembre del 2011 hasta abril del 2012 en servicios de atención prenatal en el estado de Pernambuco (Brasil). La clasificación nutricional (peso bajo, peso adecuado y sobrepeso u obesidad) se realizó de acuerdo con los criterios de Mardones y Rosso, de Mardones et al., de Atalah et al., del Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP) y del Instituto de Medicina del 2009 (IOM-2009). Se estimaron los coeficientes kappa de concordancia para los pares de métodos y la prueba del ji-cuadrado de la bondad del ajuste para comparar la distribución de frecuencias de cada categoría nutricional obtenida con cada método con la distribución en las mujeres que no están embarazadas clasificadas según el índice de masa corporal (IMC, puntos de corte de la OMS). Resultados Los métodos concordaron en lo que respecta al diagnóstico de sobrepeso y obesidad (kappa 0,60) y no concordaron en relación con el peso bajo (kappa ≤ 0,60), particularmente cuando se compararon las clasificaciones basadas en los criterios de la IOM-2009 (que utiliza el IMC pregestacional) con los demás. Las distribuciones de frecuencias muestrales obtenidas con los cinco métodos difirieron de la población de referencia de mujeres no embarazadas (P < 0,001), observándose porcentajes de sobrepeso y obesidad inferiores a la prevalencia nacional y porcentajes de peso bajo superiores a la prevalencia nacional. Conclusión Las disparidades observadas pueden atribuirse a la heterogeneidad de los métodos. Se justifica la realización de investigaciones para definir patrones antropométricos específicos para determinadas poblaciones.

    Resumo em Inglês:

    Objective To determine the agreement between five anthropometric methods used for nutritional assessment in pregnancy and to compare the distribution of nutritional status obtained with each method to that of the population of non-pregnant young women in Brazil. Method This is a cross-sectional study with data from 1 108 pregnant women aged 19 to 35 years who received prenatal care from September 2011 to April 2012 in health services in the state of Pernambuco, Brazil. Nutritional status (underweight, appropriate weight, overweight/obesity) was determined using the criteria of Mardones and Rosso, Mardones et al., Atalah et al., Centro Latino Americano de Perinatologia (CLAP), and the Institute of Medicine (IOM-2009). Kappa agreement was estimated for the pairs of methods, and the chi-square goodness of fit test was performed to compare the frequency distribution of each nutritional category in each of the methods in comparison to the distribution in non-pregnant women classified according to body mass index (BMI, WHO cut-off points). Results Agreement between the methods was observed for overweight/obesity (kappa > 0.60), but not for underweight (kappa ≤ 0.60), particularly in the comparison of IOM-2009 (which relies on prepregnancy BMI) with other methods. The frequency distributions obtained with the five methods showed lower percentages of overweight/obesity and higher percentages of underweight as compared to the reference population of non-pregnant women (P < 0.001), Conclusion The disparities observed in the present study may have resulted from the heterogeneity among the methods. This suggests that additional surveys are needed to establish population-specific anthropometric standards.
  • Amamentação e comportamentos externalizantes na infância e adolescência em uma coorte de nascimentos Artigo Original

    Poton, Wanêssa Lacerda; Soares, Ana Luiza Gonçalves; Menezes, Ana Maria Baptista; Wehrmeister, Fernando César; Gonçalves, Helen

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Avaliar a associação entre tempo de amamentação e comportamentos externalizantes na infância e na adolescência. Métodos Foram utilizados dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 1993. As informações sobre amamentação foram coletadas aos 12 meses. O comportamento foi avaliado aos 4 anos pelo instrumento Child Behavior Checklist (CBCL) e aos 11 e 15 anos pelo Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), ambos aplicados às mães ou aos responsáveis pela criança. Dos 5 249 participantes da coorte, foram avaliados aqueles com informações completas para amamentação e comportamentos externalizantes: 630 crianças aos 4 anos, 1 227 adolescentes aos 11 anos e 1 199 aos 15 anos. A associação entre duração da amamentação e comportamentos externalizantes foi avaliada por meio de regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Resultados Aos 11 anos, após ajuste para fatores de confusão, as crianças que foram amamentadas por pelo menos 6 meses tiveram menor risco de hiperatividade (RR = 0,54; IC95%: 0,32 a 0,91) em comparação às amamentadas por menos de 1 mês. No entanto, aos 4 e 15 anos, a duração da amamentação não esteve associada aos comportamentos externalizantes. Conclusões Embora o aleitamento materno por pelo menos 6 meses tenha sido inversamente associado à hiperatividade aos 11 anos, nenhuma associação foi observada aos 4 e aos 15 anos. Novos estudos longitudinais devem considerar outros fatores que influenciam os comportamentos externalizantes, tais como presença do pai no ambiente familiar, violência doméstica e maus-tratos e qualidade da relação mãe-filho.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo Evaluar la relación existente entre la duración del amamantamiento y los patrones de comportamiento externalizante en la infancia y la adolescencia. Métodos Se utilizaron datos de la cohorte de nacimientos de Pelotas de 1993. La información sobre el amamantamiento se recolectó a los 12 meses. El comportamiento se evaluó a los 4 años con la lista de comprobación del comportamiento del niño (Child Behavior Checklist, CBCL) y a los 11 y 15 años con el cuestionario de fortalezas y dificultades (Strengths and Difficulties Questionnaire, SDQ), ambos aplicados a las madres o a los responsables del niño. De los 5 249 participantes de la cohorte, se evaluaron los grupos respecto de los cuales había información completa sobre el amamantamiento y los patrones de comportamiento externalizante: 630 niños a los 4 años, 1 227 adolescentes a los 11 años y 1 199 a los 15 años. La relación entre el período de amamantamiento y los patrones de comportamiento externalizante se evaluó por medio de la regresión de Poisson con un ajuste robusto de la varianza. Resultados A los 11 años, tras el ajuste realizado para tener en cuenta los factores de confusión, los niños amamantadas por un mínimo de 6 meses tuvieron un menor riesgo de hiperactividad (RR = 0,54; IC 95%: de 0,32 a 0,91) en comparación con los amamantados por menos de un mes. Sin embargo, a los 4 y 15 años, la duración del amamantamiento no guardó relación alguna con los patrones de comportamiento externalizante. Conclusiones Aunque la lactancia materna por un mínimo de 6 meses haya guardado una relación inversamente proporcional con la hiperactividad a los 11 años, no se observó ninguna relación a los 4 y a los 15 años. En nuevos estudios longitudinales es preciso considerar otros factores que influyen en los patrones de comportamiento externalizante, como la presencia del padre en el ámbito familiar, la violencia doméstica, el maltrato y la calidad de la relación entre la madre y el niño.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To assess the association between breastfeeding duration and externalizing behaviors in childhood and adolescence. Methods Data from the 1993 Pelotas Birth Cohort was used. Information on breastfeeding was assessed at 12 months of age. Behavior was assessed at 4 years of age using the Child Behavior Checklist (CBCL), and at ages 11 and 15 years using the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), both administered to the mother or caretaker. Of 5 249 cohort participants, those with complete data on breastfeeding and externalizing behaviors were included: 630 children at 4 years of age, 1 277 adolescents at 11 years, and 1 199 at 15 years. Poisson regression with robust variance was used to assess the association between breastfeeding duration and externalizing behaviors. Results After adjustment for confounders, children who were breastfed for least 6 months had lower risk of hyperactivity (RR = 0.54; 95%CI: 0.32-0.91) at age 11 compared to those breastfed for less than 1 month. However, no association was observed between breastfeeding duration and externalizing behaviors at ages 4 and 15. Conclusions Although breastfeeding for at least 6 months was inversely associated with hyperactivity at 11 years of age no association was observed at 4 and 15 years of age. Further longitudinal studies should focus on other aspects influencing externalizing behaviors, such as presence of the father in the family, domestic violence and abuse, and the quality of mother-child relationship.
  • Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil Artigo Original

    Saraceni, Valeria; Pereira, Gerson Fernando Mendes; da Silveira, Mariangela Freitas; Araujo, Maria Alix Leite; Miranda, Angelica Espinosa

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes e sífilis congênita nos estados brasileiros do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e no Distrito Federal a partir de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Métodos Estudo descritivo incluindo avaliação ecológica e transversal. Foram utilizados dados do SINAN Net. Foram calculadas a taxa de detecção de sífilis em gestantes e a taxa de incidência de sífilis congênita por 1 000 nascidos vivos. Para identificar as gestantes notificadas com sífilis com desfecho de sífilis congênita, as duas bases do SINAN foram relacionadas por meio do software RecLink. Como os dados eram de representatividade regional, as comparações foram feitas entre as unidades da federação, e não com a soma dos casos. Resultados A taxa de detecção de sífilis em gestantes cresceu entre 21% (Amazonas) e 75% (Rio de Janeiro). A incidência de sífilis congênita seguiu o mesmo perfil de incremento, variando de 35,6% no Distrito Federal a 639,9% no Rio Grande do Sul, com redução de 0,7% no Amazonas. A realização de pré-natal nas mulheres com desfecho de sífilis congênita variou de 67,3% no Amazonas a 83,3% no Distrito Federal. Das gestantes com sífilis, 43% tiveram desfecho notificado de sífilis congênita. Nas gestantes com sífilis e desfecho de sífilis congênita, o diagnóstico materno ocorreu durante o pré-natal em 74% e no parto em 18%. Em 8% das mulheres ignorava-se o momento do diagnóstico. Conclusão O incremento nas taxas de detecção de sífilis pode ter resultado do aumento na notificação. O monitoramento constante em gestantes é essencial para a eliminação desses agravos.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo Describir el perfil epidemiológico de los casos notificados de sífilis en embarazadas y de sífilis congénita en los estados brasileños de Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro y Rio Grande do Sul y en el Distrito Federal a partir de datos del Sistema Nacional de Información de Enfermedades de Notificación Obligatoria (SINAN). Métodos Estudio descriptivo que incluye una valoración ecológica y transversal. Se utilizaron datos de la Red SINAN. Se calcularon la tasa de detección de sífilis en embarazadas y la tasa de incidencia de sífilis congénita por 1000 nacidos vivos. Para identificar a las embarazadas notificadas con sífilis que causó sífilis congénita, se relacionaron las dos bases del SINAN por medio del software RecLink. Como los datos eran representativos a nivel regional, las comparaciones se hicieron entre las unidades de la federación y no con la suma de los casos. Resultados La tasa de detección de sífilis en embarazadas aumentó entre 21% (Amazonas) y 75% (Rio de Janeiro). La incidencia de sífilis congénita siguió el mismo perfil de incremento, variando de 35,6% en el Distrito Federal a 63,9% en Rio Grande do Sul, con una reducción de 0,7% en Amazonas. Los controles prenatales en las mujeres que tuvieron hijos con sífilis congénita variaron de 67,3% en Amazonas a 83,3% en el Distrito Federal. De las embarazadas con sífilis, en el 43% de los casos se notificó sífilis congénita. En las embarazadas con sífilis que causó sífilis congénita, el diagnóstico materno fue durante la etapa prenatal en 74% de los casos y en el parto en 18% de los casos. En 8% de las mujeres se desconocía el momento del diagnóstico. Conclusión El incremento de las tasas de detección de sífilis puede haber sido consecuencia de una mayor notificación. Es esencial el seguimiento constante de las mujeres embarazadas para eliminar el aumento de esas enfermedades.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To describe the epidemiological profile of reported cases of syphilis in pregnancy and congenital syphilis in five states (Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, and Rio Grande do Sul) and the Federal District using data from the Reportable Disease Information System (SINAN). Method This descriptive study including an ecological and cross-sectional evaluation employed data from SINAN Net. The syphilis detection rate in pregnancy and the congenital syphilis incidence rate per 1 000 live births were calculated. To identify pregnant women with syphilis who had an outcome of congenital syphilis, the two SINAN databases were linked using the RecLink software. Because the data were representative at the state (not national) level, comparisons were made between the units of the federation and not with the sum of cases. Results A growth in the syphilis detection rate in pregnancy was detected, ranging from 21% (Amazonas) to 75% (Rio de Janeiro) during the study period. The incidence of congenital syphilis followed the same trend of growth (ranging from 35.6% in the Federal District to 63.9% in Rio Grande do Sul), except for a 0.7% decline in Amazonas. The proportion of women with an outcome of congenital syphilis who had prenatal care ranged from 67.3% in Amazonas to 83.3% in the Federal District. Of the pregnant women with syphilis, 43% had an outcome of congenital syphilis. In pregnant women with syphilis and an outcome of congenital syphilis, maternal diagnosis was made prenatally in 74% and at delivery in 18%. The moment of diagnosis was ignored in 8% of the women. Conclusion The increase in the syphilis detection rate may have resulted from an increase in the report rate. Ongoing monitoring of pregnant women is essential to eliminate syphilis.
  • Resistência às drogas antituberculose na fronteira do Brasil com Paraguai e Bolívia Artigo Original

    Marques, Marli; Cunha, Eunice Atsuko Totumi; Evangelista, Maria do Socorro Nantua; Basta, Paulo Cesar; Marques, Ana Maria Campos; Croda, Julio; de Andrade, Sonia Maria Oliveira

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Estimar as taxas de resistência às drogas entre casos de tuberculose pulmonar (TBP) para o estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, e especificamente para a região da fronteira com Paraguai e Bolívia, além de identificar fatores de risco associados. Métodos O presente estudo epidemiológico, transversal, enfocou os casos de TBP registrados de janeiro de 2007 a dezembro de 2010 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado de Saúde com resultados do teste de suscetibilidade a rifampicina, isoniazida, etambutol e estreptomicina. Definiram-se como variáveis dependentes o desenvolvimento de resistência a uma única droga e a qualquer combinação de drogas. As variáveis independentes foram ser caso novo ou tratado, residência em região de fronteira ou outra região, presença ou ausência de diabetes e história de alcoolismo. Resultados Foram identificados 789 casos de TBP com teste de suscetibilidade. As características associadas à resistência foram: caso tratado (P=0,0001), região de fronteira (P=0,0142), alcoolismo (P=0,0451) e diabetes (P=0,0708). As taxas de resistência combinada, primária e adquirida no estado foram de 16,3%, 10,6% e 39,0%, e na fronteira, de 22,3%, 19,2% e 37,5%. As taxas de resistência a múltiplas drogas combinada, primária e adquirida no estado foram de 1,8%, 0,6% e 6,3%, e na fronteira, de 3,1%, 1,2% e 12,5%. Conclusões O estado deve, na região de fronteira, realizar cultura em todos os sintomáticos respiratórios, investigar o padrão de resistência nos casos confirmados, adotar o tratamento diretamente observado nos casos de TBP e desencadear ações de saúde conjuntas com os países fronteiriços. Em todo o estado, é necessário monitorar os níveis de resistência adquirida, ampliar a investigação de resistência para todos os casos tratados e adotar o tratamento diretamente observado prioritariamente entre pacientes com alcoolismo e diabetes.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To estimate the rate of drug resistance among pulmonary tuberculosis (PTB) cases in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil, and specifically in the border areas with Paraguay and Bolivia, as well as to identify associated risk factors. Method The present cross-sectional, epidemiological study focused on PTB cases recorded between January 2007 and December 2010 in the State Reportable Disease Information System with results of susceptibility tests to rifampicin, isoniazid, ethambutol, and streptomycin. Dependent variables were development of resistance to a single drug or any combination of drugs. Independent variables were being a new or treated case, living in border areas, presence/absence of diabetes, and history of alcoholism. Results There were 789 TBP cases with susceptibility testing. The following characteristics were associated with resistance: treated case (P = 0.0001), border region (P = 0.0142), alcoholism (P = 0.0451), and diabetes (P = 0.0708). The rates of combined, primary, and acquired resistance for the state were 16.3%, 10.6%, and 39.0%, vs. 22.3%, 19.2%, and 37.5% for the border region. The rates of combined, primary, and acquired multidrug resistance for the state were 1.8%, 0.6%, and 6.3%, vs. 3.1%, 1.2%, and 12.5% for the border region. Conclusions In the border region, the state should investigate drug resistance in all patients with respiratory symptoms, determine the pattern of resistance in confirmed cases, adopt directly observed treatment for cases of PTB, and develop health actions together with neighboring countries. Across the state, the levels of acquired resistance should be monitored, with investigation of resistance in all treated cases and implementation of directly observed treatment especially among patients with diabetes or alcoholism.
Organización Panamericana de la Salud Washington - Washington - United States
E-mail: contacto_rpsp@paho.org